Resenha| Boa Noite, de Pam Gonçalves

01:02 Sofia Trindade 1 Comments


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Autora: Pam GonçalvesAno: 2016 / Páginas: 240 / Editora: Galera / Nota: 5/5
Sinopse: Alina quer deixar seu passado para trás. Boa aluna, boa filha, boa menina. Não que tudo isso seja ruim, mas também não faz dela a mais popular da escola. Agora, na universidade, ela quer finalmente ser legal, pertencer, começar de novo. O curso de Engenharia da Computação - em uma turma repleta de garotos que não acreditam que mulheres podem entender de números -, a vida em uma república e novos amigos parecem oferecer tudo que Alina quer. Ela só não contava que os desafios estariam muito além da sua vida social. Quando Alina decide deixar de vez o rótulo de nerd esquisitona para trás, tudo se complica. Além de festas, bebida e azaração, uma página de fofocas é criada na internet, e mensagens sobre abusos e drogas começam a pipocar. Alina não tinha como prever que seria tragada para o meio de tudo aquilo nem que teria a chance de fazer alguma diferença. De uma hora para outra, parece que o que ela mais quer é voltar para casa.

Julgando o livro pela autora, fiz corpo mole na hora de ler "Boa Noite". Me desculpem pela sinceridade, mas não consegui me atrair pelo livro logo de cara, então essa seria minha última opção de leitura para o ano. Mas para minha felicidade, eis que a leitura foi tão incrível que estou aplaudindo de pé Pam Gonçalves pela ótima obra que ela fez.

Alina é uma jovem prodígio de uma cidade pequena, que decidiu ir para uma cidade maior cursar sua faculdade. Disposta a respirar um ar novo e buscar seu lugar ao sol, ela se joga em uma vida totalmente diferente da que tinha. Com as novidades da cidade Alina acaba fazendo amigos novos, está em um curso formado por noventa por cento de homens preconceituosos que só sabem fazer piadas machistas, com ela e suas colegas e, quem sabe, um novo amor.

Na bagagem também veio uma rotina que ela nunca esperava: arrastada pela amiga, Alina começa a ir em festas, beber um pouco e até se soltar para dançar, coisa que ela nunca imaginava que faria. Só que nada é tão fácil assim, e a moça simples e delicada descobre algumas coisas sobre os jovens da faculdade que vão deixar ela revoltada. Mas Alina tem a chance de mudar as coisas se juntando as amigas de curso para poder ajudar não só as alunas do campus, como também meninas de todo lugar.

Começo elogiando a forma como Pam tratou um assunto sério da forma que realmente deve ser tratado. Ultimamente tenho lido livros juvenis ou adultos onde os autores colocam um assunto delicado no livro e o tratam apenas como forma de entretenimento ou enchimento de linguiça e não como algo que vá mudar a cabeça de quem leu.

Diferente do que citei acima, encontrei em "Boa Noite" uma ótima forma de quebrar preconceitos e ao mesmo tempo entreter o jovem que está lendo de uma forma tranquila e mais atual. Apenas duas coisas me incomodaram na leitura. Uma delas foi sentir um certo medo da autora de fazer com que Alina sofresse algo, como se ela fosse intocável só por ser a principal. Claro que eu tinha medo de que algo ruim acontecesse, mas percebi que tudo acontecia com outras garotas com mais facilidade do que com a principal.

O último ponto foi o excesso de referências. Tenho percebido isso em inúmeros livros nacionais e vejo que os autores estão se apegando demais a series, livros e sagas que gostam, e isso tira um pouco da minha atenção do cenário do livro (principalmente quando falam de Harry Potter). Tirando esses pequenos detalhes não tenho que reclamar de nada! A escrita da Pam é perfeita, a leitura foi um deleite e eu recomendo eternamente que seja feita.

O único motivo que fez com que eu não favoritasse o livro foi porque achei as ultimas paginas corridas demais. Talvez uma pisadinha no freio e mais páginas na história caíssem extremamente bem. Até porque o livro poderia ter inúmeras páginas que eu não ligaria.

Resenha feita em parceria com a Galera Record.

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Resenha e Sorteio| O Coração da Esfinge, de Colleen Houck

23:25 Sofia Trindade 13 Comments

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Autora: Colleen Houck / Ano: 2016 / Páginas: 368 / Editora: Arqueiro / Nota: 2,5/5
Sinopse: Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar.
Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez.
Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos.
Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso.
Nesta sequência de O Despertar do Príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas.

Depois de "O Despertar do Princípe"ter sido um livro maravilhoso que deu um incrível pontapé no inicio da série, tudo que se espera de "O Coração da Esfinge" é que a autora, Colleen Houck, tenha o mesmo pique e emoção na continuação.

Mesmo ansiosa para dar continuidade à série e me deliciar mais uma vez com a história de Colleen, os primeiros capítulos não conseguiram me satisfazer tanto quanto desejava, e logo no início percebi alguns pontos que me incomodaram até o final do livro.

Lilian segue sua vida como se nada tivesse acontecido. Depois que Amom se foi, a única coisa que lhe restou foi seguir os planos de seus pais que incluíam ir a faculdade e ter uma carreira profissional bem sucedida como a deles.

Para ficar em paz com a família, Lily aceita traçar os paços desejados pelos pais. Como último pedido antes de ir para a faculdade, a menina pede para passar as férias na casa da avó e para seu espanto recebe a visita de alguém inesperado. Um deus egípcio. A notícia não é boa. Amon corre perigo e para salvar seu amado Lily terá que fazer coisas inusitadas desde virar uma esfinge à derrotar uma perigosa rainha do mundo dos mortos. Com todo amor que possui, Lily irá para a batalha. Mesmo com medo e suas fraquezas aceitará o desafio de salvar o mundo das garras de Seth e Amon do risco de se perder no mundo dos mortos.

Quem leu "O Despertar do Príncipe" e depois leu "A Maldição do Tigre" pode ter cometido o mesmo erro que o meu. A evolução da escrita da autora fica notável e isso atrapalha a leitura do primeiro livro publicado por Colleen. No caso de "O Coração da Esfinge" a coisa foi um pouco diferente.

O primeiro ponto que me incomodou na continuação foi o fato de não sentir algo mais na escrita da autora. Algo que me animasse e me mostrasse um potencial de evolução no que ela escreve. Foi como se eu lesse os outros dois livros citados acima, só que com personagens e um cenário diferente.

A clichê fórmula garota se apaixona por vários garotos ou amigos/irmãos/primos que se apaixonam pela mesma garota foi o segundo ponto negativo para mim. Não entendi porque a autora quis praticamente repetir a história de sua primeira saga (fontes seguras me contaram o final da Saga do Tigre) mudando apenas a mitologia em questão. Não sei se ela faz isso porque acaba criando personagens que ama demais e depois quer que todos eles fiquem com a garota. Já podemos encaixar ai o ponto três, que é a falta de outras meninas principais no enredo. Somente Lily chama a atenção e faz tudo para salvar tudo, enquanto está rodeada de meninos (isso acontece também em A Maldição do Tigre).

Por último tem a enrolação que ocupa metade da história. Ao invés de ir direto ao ponto a autora cria situações, "aventuras" e historias demais, quando não é necessário. Preciso observar também que o fato de Lilian viver em uma era tecnológica e não fazer nem ao menos uma pesquisa sobre a mitologia egípcia me deixou de cara. Sério que a menina se apaixonou por uma múmia, viajou a lugares por magia, conheceu deuses e nem ao menos fez uma pesquisa mais funda para saber o que estava acontecendo? Com isso ela se tornou uma personagem que só recebe uma bomba de conteúdo e nunca, nunca mesmo, sabe de nada. Nem o nome dos deuses mais importantes ela sabe. Entendo que talvez isso ocorra para dar mais informações ao leitor, mas da pra ser uma personagem forte e saber algumas coisas, não?

Não sei ao certo se pretendo concluir a série. Sendo muito sincera meu maior interesse é em ter todos os livros do que realmente lê-los. Foi muito ruim ler uma continuação que tinha tudo pra ser boa, mas acabou sendo estranha. Sendo assim perdi meu pique para terminar a série e ler outros livros da autora, e infelizmente não sei se aquela emoção profunda vai voltar.

Resenha feita em parceria com a Editora Arqueiro.
Para quem é fã ou quer conhecer a história de Lily tenho uma surpresa. Vai ter sorteio de um exemplar de O Coração da Esfinge!😆 Para participar é só preencher  as regras abaixo:

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+ O vencedor terá 72 horas para responder o e-mail que lhe for enviado pedindo informações de envio.
+ O sorteio vai até o dia 16/12 e o resultado pode ser postado no mesmo dia ou no dia seguinte (17/12).

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Série| Orphan Black

01:24 Sofia Trindade 1 Comments


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Autores: Graeme Manson, John Fawcett (2013) / Com: Tatiana Maslany, Jordan Gavaris, Kevin Hanchard / Gênero: Ficção científica, Suspense / Temporadas: 4
Sinopse: Depois de presenciar o suicídio de uma mulher (que é exatamente como ela) em uma estação de trem, Sarah Manning (Tatiana Maslany) faz o que qualquer um faria: assume a identidade da suicida para tentar resolver os próprios problemas financeiros. Mas logo ela descobre que está no centro de um mistério que vai mudar sua vida, quando se vê cara a cara com mais três mulheres idênticas a ela. Todas são clones, e precisam salvar as próprias peles enquanto tentam descobrir quem são os responsáveis pelos experimentos genéticos.
Tudo que consigo dizer para as pessoas ultimamente é: Assista Orphan Black. Sempre que via o anúncio da série no Netflix imaginava algo como "A Usurpadora" ou uma novela mexicana bem "americanizada". Decidi assistir ao primeiro episodio depois de um dia cansativo e estressante de trabalho que me deixou ociosa e entediada. Acabou que em poucos dias eu já tinha acabado as quatro temporadas do Netflix de tão viciada que fiquei na "melhor novela mexicana americanizada eveeeeer".

Basicamente a série conta a história de Sarah, uma jovem que precisou se afastar da família por muito tempo após se envolver em coisas erradas com seu ex-namorado, Victor. Quando Sarah cria coragem para retornar e tentar concertar sua vida, a jovem acaba presenciando o suicídio de uma mulher, que para seu espanto é exatamente sua cara. Desesperada e com medo de que achassem que ela estava envolvida com a mulher que se matou, Sarah só consegue pegar a bolsa da falecida e fugir. Depois de muito pensar e remexer nas coisas da bolsa, ela decide que para ter uma nova chance com sua filha, Kira, seria melhor fingir ser a moça que se matou (que agora ela sabia que se chamava Elizabeth) , pegar todo dinheiro que ela possuía e fugir.

Mas para piorar sua situação, Sarah também descobre que Elizabeth era uma policial que se envolveu em um crime e agora terá que depor no lugar de Beth. Como se tudo já não estivesse ruim o suficiente, Sarah constata que Beth não é a única mulher parecida com ela, e que existe não uma, mas mais de três delas. Tentando entender como tudo isso é possível, a jovem se une a Alison e Cosima, duas outras clones que já estavam tentando buscar a verdade sobre suas vidas e o porquê delas serem exatamente iguais. Aceitando o desafio as três se unem e um elo muito forte de amor acaba brotando entre essas mulheres que foram biologicamente clonadas.

Tatiana Maslany é a atriz maravilhosa que interpreta as clones. Mesmo sendo a mesma atriz cada personagem recebeu um perfil e forma de ser interpretado diferente, o que torna a série mais perfeita do que já é. É maravilhoso ver como a atriz tem o poder de fazer com que você odeie ou ame as personagens, mesmo elas tendo o mesmo rosto.

Com o final da primeira temporada fiquei me perguntando o que os autores trariam nas outras temporadas, e eis que sou banhada com um enredo cada vez mais incrível a cada temporada que se passava. Os autores buscam sempre trazer questões de reflexão para a série, e isso acaba envolvendo muito a ciência, a religião e até mesmo o exército (que poderia representar ai o governo). Com isso temos uma dinâmica maior nos episódios e assim fica impossível não querer descobrir qual será o desfecho da vida das clones.

Infelizmente vi na internet que Orphan Black terá apenas mais uma temporada, totalizando cinco, e ainda não sei dizer se isso é bom ou ruim. Talvez seja bom porque os autores viram que já estava bom parar por ai e, também, seja ruim porque meu coração de fã nunca conseguirá se despedir da Helena, Sarah, Cosima, Alison e até mesmo da Rachel (quem assiste sabe como ela é bem vaca!).

Toda teoria criada, todo drama envolvido, todo amor, toda ciência, tudo que envolva Orphan Black eu recomendo fortemente. Tenho certeza que a série nunca vai te deixar na mão ou entediado, e sim viciado. Então tudo que posso dizer é: Pare tudo que você está fazendo e vá assistir Orphan Black!

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